A Medicina é mais do que um campo de estudo: trata-se de uma missão de cuidado e prevenção que lida com a qualidade de vida das pessoas de todas as idades.
Então, por ser tão ampla e vital, seus estudos e ações vão muito além do tratamento de doenças, chegando até às práticas que promovem uma melhor saúde e o ensino preventivo.
Ou seja, ao invés de recorrermos a médicos, hospitais e exames somente quando necessário - o que muitas vezes ocasiona um momento tardio para um tratamento adequado e resultante -, se a Medicina já compreende como devemos cuidar do nosso corpo e quais medidas devemos seguir, cabe também à ela conscientizar a sociedade.
Neste artigo, exploramos como a Medicina Preventiva está moldando um futuro mais saudável e o impacto significativo que ela tem na saúde pública e no bem-estar individual.
Educação em saúde e Medicina Preventiva
A educação em saúde desempenha um papel crucial na prevenção de inúmeros problemas de saúde pública. Com informações e instruções adequadas, os indivíduos são capacitados a tomar decisões mais informadas sobre sua saúde e bem-estar. Esta conscientização não só beneficia a saúde individual, mas também tem um impacto positivo na sociedade como um todo.
Quando as pessoas estão bem informadas sobre saúde e práticas preventivas, há uma redução natural na demanda por serviços de emergência, hospitais, Unidades Básicas de Saúde (UBSs), clínicas e outros espaços de atendimento médico. Isso alivia a pressão sobre o sistema de saúde e promove uma gestão de recursos mais eficiente.
Dentro do campo da Medicina, a especialidade focada na prevenção de doenças e na promoção da saúde é conhecida como Medicina Preventiva. Essa área é uma ferramenta poderosa na preservação da vida e na construção de uma sociedade mais saudável, atuando tanto no presente quanto visando o futuro, necessitando, inclusive, de maior divulgação e entendimento.
O que é Medicina Preventiva?
A Medicina Preventiva é um ramo da saúde que se concentra em antecipar e minimizar problemas e patologias, mesmo antes de qualquer manifestação.
Ela surgiu por volta do início do século XX, ganhando sua maior notoriedade graças a determinados avanços científicos e a compreensão dos fatores que contribuem para doenças mais comuns.
Como seu foco está na promoção de hábitos saudáveis e na detecção precoce de possíveis doenças, a implementação e/ou indicação de medidas preventivas (respostas práticas) é essencial para que a Medicina Preventiva seja efetiva.
Então, surge a pergunta: por que reagir às enfermidades em vez de adotar uma abordagem proativa para aumentar o bem-estar e buscar uma vida de qualidade duradoura? Um exemplo marcante da importância dessa abordagem foi ilustrado por um estudo da OMS (Organização Mundial da Saúde) publicado em 2018. O estudo, focado em idosos brasileiros, revelou que 7 em cada 10 entrevistados sofriam de alguma doença crônica entre as que mais causam óbitos no mundo.
Este é apenas um exemplo entre muitos que demonstram como pode ser mais custoso - em todos os aspectos - oferecer assistência e cuidados apenas como reação aos problemas, em vez de tentar preveni-los.
Nesses contextos, inclusive, se evidencia a importância de um pilar central da Medicina Preventiva: a Educação em Saúde. Através dela, é possível criar uma consciência coletiva sobre a importância da prevenção e adotar hábitos saudáveis que podem reduzir significativamente a incidência de doenças crônicas.
Mas afinal, o que é Educação em Saúde?
A Educação em Saúde é essencial porque ajuda na prevenção de doenças. Ela dá às pessoas as informações e orientações de que precisam para cuidar melhor da própria saúde. Quando entendem os riscos associados a certos hábitos, como uma alimentação inadequada, as pessoas têm mais facilidade para adotar um estilo de vida mais saudável.
Por exemplo, uma boa educação em saúde pode ensinar sobre a importância de uma alimentação equilibrada e de manter-se ativo fisicamente. Quando as pessoas recebem informações claras e apoio, elas se sentem mais confiantes para mudar seus hábitos. Essas mudanças, quando feitas cedo, ajudam a prevenir muitas doenças e melhoram a qualidade de vida.
A Medicina Preventiva, que é parte da Educação em Saúde, aborda vários assuntos importantes para manter as pessoas saudáveis. Além de focar em evitar doenças crônicas, ela também trata de temas como comer bem, se exercitar regularmente, cuidar da saúde mental e prevenir doenças infecciosas. É um campo amplo que ajuda as pessoas a viverem de forma mais saudável e feliz.
- Saúde mental e bem-estar;
- Saúde do trabalho;
- Hábitos alimentares e prática de atividades físicas;
- Prevenção de doenças infecciosas;
- Adesão do público de campanhas de vacinação;
E como a Medicina Preventiva pode operar?
A forma de atuação dos profissionais de áreas da saúde que se ocupam com a Medicina Preventiva é bem diversa, pois precisam estar onde o público-alvo frequenta.
Com isso, é possível ver ações de Medicina Preventiva e Educação em Saúde em diferentes espaços, expressos de diferentes formas e utilizadas para prevenir diferentes tipos de doenças e problemas sociais.
Entre as formas mais comuns temos:
- Indicação de check-ups regulares: os famosos “exames de rotina” e consultas periódicas que ajudam na detecção de potenciais problemas para a saúde, ainda que muito simples, não deixam de ser uma ação de Medicina Preventiva que pode (e deve) ser indicada por qualquer médico, enfermeiro e profissional da saúde.
- Campanhas de vacinação: uma das formas mais eficazes de prevenir uma série de doenças infecciosas são as campanhas de vacinação, mas para isso, é preciso que elas cheguem ao público através de divulgação.
- Promoção de estilos de vida saudáveis: nunca é demais incentivar a prática regular de exercícios, alimentação balanceada e a moderação no consumo de substâncias prejudiciais, o que também é uma prática simples, mas que pode prevenir vários problemas recorrentes na saúde da população.
- Educação sobre saúde mental: o que tem se tornado cada vez mais comum e com razão, pois fornecer informações e recursos para promover a saúde mental, previne condições de ansiedade, depressão e até índices de violência.
- Acesso à água potável e saneamento básico: esforços para garantir condições higiênicas adequadas para prevenir doenças relacionadas à falta de saneamento e esgoto.
- Conscientização em escolas e comunidades: promover conhecimentos sobre práticas saudáveis desde a infância, criando uma cultura de prevenção, seja na para saúde alimentar, saúde bucal, redução de doenças sazonais e outros.
Portanto, a Medicina Preventiva atua como um farol, guiando a população através de mares turbulentos de problemas de saúde, iluminando o caminho com informações e práticas objetivas para um estilo de vida mais saudável.
Se o seu sonho é trabalhar nessa área e gostaria de entender mais sobre o tema, conheça nossa faculdade de Medicina e comece a adotar as melhores orientações para um futuro saudável, preparando-se, o quanto antes, para cuidar de si mesmos e dos outros.