Os números de inscritos para a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) vêm caindo ao longo dos anos. Em 2021, a prova teve 3,1 milhões de inscritos, o menor índice em 16 anos.
De acordo com um levantamento feito pela empresa de consultoria iDados, a quantidade de jovens “nem-nem”, os que nem trabalham e nem estudam entre 15 e 19 anos, atingiu seu ápice no final de 2020 (25,5%).
A pandemia também pesou. No período pandêmico mais tenso, alunos de todas as faixas etárias foram submetidos ao ensino à distância obrigatoriamente – que, em muitos casos, não conseguiu alcançar os efeitos esperados – ou interromperam os estudos.
Seja pela falta de estrutura de alguns estudantes, seja pela falta de preparo de algumas instituições que tiveram de adotar a medida de maneira emergencial.
Outro fato foi o desemprego em alta, que pode ter influenciado para que muitos alunos não tivessem condições de pagar a taxa de inscrição de R$ 85.
As regras atuais do exame determinam que o candidato que solicita a isenção de taxa e não comparece à prova, não tenha direito de ter esse benefício no ano seguinte.
Já em 2022, o Enem registrou 1 milhão de inscritos apenas no primeiro dia (10 de maio). Embora a expectativa fosse que a prova tivesse mais alunos do que no ano anterior, o número total de inscrições não foi atualizado.
Especialistas apontam que as consequências da pandemia em relação à educação são sentidas todos os dias nas salas de aula. Com dificuldades para aprender e até socializar, os vestígios da covid-19 se perpetuam nos alunos além do estado físico.
Da mesma forma, a queda na busca pelo Enem é preocupante, já que esta é a porta de entrada de milhões de pessoas ao ensino superior.
É um efeito dominó: um baixo número de inscrições significa um baixo número de estudantes aprovados, resultando em uma defasagem nas universidades, centros de pesquisas e mercado de trabalho.
Deste modo, a médio e longo prazo, todas as áreas podem sofrer – da saúde à segurança, da comunicação às políticas públicas.
Diante desse cenário, muitos analistas, profissionais da área do ensino e estudantes andam se perguntando como será o Enem 2022.
As inscrições para o Enem 2022 começaram no dia 10 de maio e terminaram no dia 21 do mesmo mês. Além da taxa de isenção, os pagamentos puderam ser realizados por meio de boleto, cartão de crédito (com tarifa de R$2,54) e PIX.
Assim como nos anos anteriores, o Enem será aplicado em dois domingos:
Horários (fuso de Brasília):
Vale lembrar que, desde 2021, há o Enem Digital, que segue os mesmos parâmetros da prova normal, mas a aplicação é feita em computadores em locais determinados pelo Inep. Foram abertas vagas para 101.100 inscrições na categoria.
Os candidatos usam uma chave de acesso, fornecida pelos chefes de sala, no lugar da frase na versão impressa para iniciarem e finalizarem o exame.
Os computadores têm o acesso à internet bloqueado – não é permitido o uso de computador pessoal – e a redação continua manuscrita.
Essa medida vem de encontro à redução de custos de impressão. Com isso, o Ministério da Educação (MEC) tem a intenção de que a aplicação da prova do Enem seja totalmente digital até 2026.
Existem algumas formas de usar sua nota do Enem. Veja:
A Universidade Tiradentes aceita a nota do Enem para o ingresso de novos alunos. Concluintes do ensino médio a partir de 2016 podem participar. Basta acessar o site do Inep e verificar o boletim de desempenho.
Depois, traga sua nota do Enem selecionando o campus e o curso desejado.
A seleção dos alunos usa a nota do Enem para classificá-los em ordem decrescente.
A pontuação mínima é aplicada (nota de corte): o estudante deve ter conquistado 450 pontos ou mais nas provas específicas, além de não ter tirado zero na redação.
Assim que o candidato é classificado, ele deve mandar alguns documentos (RG ou outro documento de identificação com foto, histórico escolar do ensino médio e boletim de desempenho do Enem) ao DAAF da unidade escolhida.
Abaixo, alguns emails úteis para o processo:
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